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Distúrbios do Sistema Respiratório

Distúrbios do Sistema Respiratório


Sinusite
A sinusite é uma inflamação de cavidades existentes nos ossos da face, o seio da face ou sinus. Essas cavidades têm comunicação com as fossas nasais e podem ser invadidas por bactérias, que desencadeiam um processo infeccioso. Na sinusite aguda, a pessoa tem dor em diversas regiões da face e há corrimento nasal mucoso e, às vezes, purulento (com pus).

Resfriado
O resfriado comum pode ser causado por diversos tipos de vírus e é mais propício no inverno, época em que as células do corpo se tornam mais susceptíveis a infecções. Os vírus se instalam nas células da cavidade nasal e da faringe, provocando inflamações. A coriza (corrimento de líquido pelas narinas durante o resfriado), é conseqüência dessas inflamações.


Além da coriza, podem aparecer outros sintomas, tais como sensação de secura na garganta, espirros, olhos lacrimejantes e febre.
Coqueluche

É uma das mais famosas doenças da infância, causada pela bactéria Haemophilus pertussi, que se instala na mucosa das vias respiratórias (laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos).
A proliferação das bactérias causa forte irritação, com grande produção de muco (catarro). Toxinas produzidas pelas bactérias irritam terminações nervosas, desencadeando acessos de tosse, típicos da doença.
A coqueluche é prevenida pela vacina tríplice, que protege também contra a difteria e o tétano. Essa vacina é administrada em três doses, uma a cada trinta dias, a partir do segundo mês de vida.

Pneumonia
A pneumonia é uma infecção pulmonar causada por diversas espécies de bactérias e, às vezes, por fungos. A bactéria se instala nos pulmões, provocando aumento da secreção de muco e ruptura das paredes dos alvéolos. Os sintomas da doença são febre alta, falta de ar, dores no peito e expectoração de catarro viscoso e, às vezes, sanguinolento. Em geral, atinge pessoas que estão com sua resistência orgânica debilitada.

Tuberculose

Tuberculose é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que se instala geralmente nos pulmões. Os alvéolos pulmonares inflamam-se e sofrem necrose (morte celular). A região necrosada é circundada por um tecido fibroso que limita e isola o foco infeccioso. Em geral, as lesões de uma primeira infecção tuberculosa regridem espontaneamente. No caso de uma reinfecção, pode ocorrer de os focos infecciosos atingirem, além dos pulmões, outros órgãos, causando lesões nos tecidos.
Os sintomas da tuberculose pulmonar são febre, sudorese noturna, fraqueza e perda de apetite e de peso.
A prevenção consiste em evitar o convívio com pessoas doentes e só consumir leite pasteurizado ou adequadamente fervido, pois a bactéria pode estar presente no leite. O tratamento é feito com antibióticos.
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Bronquite

Bronquite

O que é Bronquite?

A bronquite é a inflamação das principais passagens de ar para os pulmões.
A forma aguda da bronquite é muito comum e, geralmente, vem acompanhada de outras condições, como a gripe ou outro problema respiratório. Já a versão crônica da bronquite necessita de cuidados especiais.

Tipos

A bronquite pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (dura por muito tempo e tem alta recorrência).
A forma aguda da bronquite é muito comum e, geralmente, vem acompanhada de outras condições, como a gripe ou outro problema respiratório. Já a versão crônica da bronquite necessita de cuidados especiais.

Causas

Bronquite aguda

Bronquite é geralmente causada por vírus. A doença costuma estar acompanhada de uma outra infecção viral respiratória, como gripes e resfriados. No início, ela afeta o nariz, a garganta e, depois, se espalha para os pulmões. Às vezes, pode-se contrair uma infecção bacteriana secundária nas vias respiratórias. Isso significa que uma bactéria infectou as vias respiratórias, além do vírus.

Bronquite crônica

O fumo é o principal responsável pelo desenvolvimento da bronquite crônica. Poluição e a emissão de gases tóxicos no meio ambiente ou no ambiente de trabalho também estão entre as prováveis causas. A bronquite crônica é um tipo de Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco por médicos. Segundo eles, eles podem ajudar no desenvolvimento de bronquite. Confira:
  • Fumo: o hábito de fumar pode elevar os riscos de uma pessoa desenvolver tanto a bronquite aguda quanto a crônica
  • Imunidade baixa: este fator de risco costuma ser uma consequência de outra doença aguda, como a gripe, ou ainda de uma condição crônica, como Aids
  • Idade: idosos, crianças pequenas e bebês têm mais riscos de contrair a infecção
  • Exposição a agentes irritantes: as chances de contrair a doença é maior se você trabalha com gases ou outros agentes que possam causar irritação nos pulmões
  • Refluxo gástrico: doenças que causam refluxo gástrico e azia podem aumentar as chances de a pessoa desenvolver bronquite.

 sintomas

Sintomas de Bronquite

Os sintomas da bronquite, tanto aguda quanto crônica, são:
  • Tosse com presença de muco
  • Ronco ou chiado no peito
  • Fadiga
  • Dificuldade para respirar e falta de ar
  • Febre e calafrios
  • Desconforto no peito.
Mesmo após o desaparecimento da bronquite aguda, você ainda pode ter uma tosse seca e incômoda que se estende por várias semanas.
Outros sintomas de bronquite crônica consistem em:
  • Inchaço nos tornozelos, pés e pernas
  • Lábios roxos devido ao nível baixo de oxigênio
  • Infecções respiratórias frequentes, como resfriados ou gripes.

 diagnóstico e exames

Buscando ajuda médica

Procure um especialista se:
  • Tossir quase todos os dias ou tiver tosse que vai e volta com frequência
  • Estiver tossindo sangue
  • Tiver febre ou calafrios
  • Tiver febre baixa por três dias ou mais
  • Apresentar muco espesso e esverdeado, especialmente se tiver mau cheiro
  • Sentir falta de ar ou dor no peito
  • Se você tiver uma doença crônica subjacente, como doença cardíaca ou pulmonar.

Na consulta médica

No consultório, descreva todos os seus sintomas ao médico. Isso o ajudará a realizar o diagnóstico. Aproveite também para tirar todas as suas dúvidas. Saiba o que o especialista poderá lhe perguntar:
  • Quando os sintomas começaram?
  • Você fica exposto a agentes externos que possam causar irritação ao pulmão?
  • Os sintomas são frequentes ou ocasionais?
  • Você fuma? Há quanto tempo?
  • Você pratica exercícios físicos? Você tem perda de fôlego?
  • Os sintomas têm atrapalhado sua vida profissional ou suas horas de sono?.

Diagnóstico de Bronquite

Durante os primeiros dias de sintomas, pode ser difícil para o médico determinar a causa. Isso acontece porque os sintomas iniciais da bronquite são muito parecidos com os da gripe. Além de um exame físico tradicional, o especialista poderá solicitar que você realize os seguintes exames:
  • RaioX torácico, onde fica o pulmão
  • Exame de expectoração
  • Testes de funcionamento do pulmão
  • Oximetria do pulso.

 tratamento e cuidados

Tratamento de Bronquite

Muitos casos de bronquite resolvem-se sozinhos, sem o uso de medicamentos, e os sintomas desaparecem em cerca de duas semanas. Mas algumas vezes o médico poderá lhe prescrever alguns remédios específicos, como:
  • Antibióticos, em caso de infecção bacteriana, apesar de a maioria das bronquites serem causadas por vírus
  • Xaropes para tosse
  • Antialérgicos, medicamentos para asma ou outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) também podem ser receitados caso o paciente apresente alguma dessas condições.
Se os sintomas da bronquite não desaparecerem, seu médico pode prescrever a você um inalador para abrir as vias respiratórias, caso você esteja com chiado no peito.

Medicamentos para Bronquite

Os medicamentos mais usados para o tratamento de bronquite são:
  • Acebrofilina
  • Acetilcisteina
  • Aires
  • Aerolin
  • Aminofilina
  • Amoxicilina + Clavulanato de Potássio
  • Antux
  • Ares
  • Asmofen
  • Astro
  • Atrovent
  • Azitromicina
  • Bactrim
  • Bisolvon
  • Broncho-Vaxom
  • Bacteracin e Bacteracin-F
  • Bamifix
  • Betatrinta
  • Bricanyl
  • Brometo de Ipratrópio
  • Bromidrato de Fenoterol
  • Clavulin
  • Clindamicina
  • Cefanaxil
  • Claritromicina
  • Clindamin-C
  • Clocef
  • Diprospan
  • Duoflam
  • Flanax
  • Fluimucil
  • Fenergan Expectorante
  • Fluimucil (xarope)
  • Fluitoss
  • Foraseq
  • Franol
  • Ipratropio
  • Leucogen
  • Levofloxacino
  • Loxonin
  • Meticorten
  • Mucosolvan
  • Novamox 2x
  • Predsim
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico

Algumas medidas podem ajudar o paciente a lidar melhor com a doença, podendo lhes trazer alívio também. Veja:
  • Não fume
  • Beba bastante líquido
  • Repouse
  • Faço uso de medicamentos que não precisam de receita médica em caso de febre
  • Use um umidificador ou vaporizador no banheiro.

Complicações possíveis

Tanto a bronquite aguda quanto a crônica podem originar uma pneumonia. Se você sofre de bronquite crônica, tem mais chances de apresentar infecções respiratórias recorrentes. Você também pode desenvolver:
  • Enfisema
  • Insuficiência cardíaca no lado direito
  • Hipertensão pulmonar.

Expectativas

Na bronquite aguda, os sintomas costumam desaparecer de sete a dez dias. Entretanto, uma tosse seca e cortada pode se arrastar por vários meses.
A chance de recuperação é muito baixa em pessoas com bronquite crônica avançada, por isso a detecção e o tratamento precoces, combinados com a interrupção do hábito de fumar, melhoram significantemente a chance de um excelente resultado no tratamento.

 prevenção

Prevenção

Algumas medidas podem prevenir a ocorrência de bronquite. Conheça e previna-se:
  • Não fume
  • Tome a vacina contra a gripe e a vacina pneumocócica anualmente
  • Reduza sua exposição à poluição do ar e a agentes químicos que possam causar irritação aos pulmões
  • Lave as mãos frequentemente a fim de evitar a disseminação de vírus e de outras infecções.

 fontes e referências

  • Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
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Fotos de jovens com suas bolsas de colostomia bombam na web

Fotos de jovens com suas bolsas de colostomia bombam na web




Imagem da bolsa que recolhe dejetos corporais foi vista por mais de 2,7 milhões de internautas no Facebook.


Um estudante britânico de 20 anos está fazendo sucesso na internet após divulgar uma foto de si mesmo com sua bolsa de colostomia.
Luke Bennett divulgou sua foto para ajudar outras pessoas que tenham que passar pela mesma cirurgia

A imagem foi vista por mais de 2,7 milhões de pessoas no Facebook. A bolsa é um contêiner externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais.
Luke Bennett foi diagnosticado com uma colite ulcerosa há quatro anos. A inflamação crônica do cólon causa dores, sangramentos e diarreias, além de uma série de outros problemas.
"Não sabia muito sobre a doença, a não ser que meu tio e meu primo sofriam dela", diz Bennett.
No primeiro ano, ele quase não teve sintomas. No entanto, uma crise em 2012 o deixou hospitalizado por cinco dias. Nenhum dos medicamentos dados a ele surtiu efeito.
"Sabia que iam ter de me operar em algum momento, então, decidi fazer o quanto antes", explica o rapaz.
"A vida nem sempre é legal com a gente, e, para mim, a decisão era entre fazer a cirurgia e viver com uma bolsa ou seguir doente até precisar fazer uma operação com urgência no futuro."

'Outra parte de mim'

Há seis semanas, os médicos retiraram o cólon de Bennett, que agora depende da bolsa para evacuar. "Nas primeiras duas ou três semanas depois da operação, sentia muita dor, mas nada comparável ao que tinha sofrido antes." Ele diz ter aprendido a viver com a bolsa - é necessário trocá-la a cada um ou dois dias e esvaziá-la três vezes ao dia - e que isso não é tão ruim quanto imaginava. "É só uma outra parte de mim que tenho que aprender a aceitar", afirma. A única coisa que não pode fazer até se recuperar completamente da cirurgia é levantar muito peso. "Não é o fim do mundo", diz Bennett, que estuda Direito na Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Sem medo

Não é a primeira vez que uma foto de um jovem com a bolsa de colostomia causa sensação nas redes sociais. No ano passado, a jovem britânica Bethany Townsend, que sofre da doença de Crohn, publicou fotos tiradas nas férias em que aparecia de biquíni .
As fotos de Townsend foram vistas e compartilhadas milhões de vezes e foram parar no site de uma ONG que dá apoio a pacientes com colite ulcerosa e doença de Crohn. Ao ver as fotos da jovem, Bennett resolveu divulgar sua foto, feita depois da operação para mostrar a amigos e familiares como estava, no mesmo site, para ajudar outros como ele e Townsend. Segundo Bennett, seria uma forma de preparar pessoas que foram informadas de que terão de fazer a operação. Agora, a imagem já foi vista por milhões de pessoas, o que Bennet considera uma "loucura". "Estou muito feliz pela reação das pessoas", afirma. Dan McLean, da ONG Crohn e Colite Reino Unido, considera que o rapaz servirá de "inspiração" para os dez mil jovens britânicos que são diagnosticados com a doença a cada ano.






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Com fobia, jovem morre após 2 meses sem ir ao banheiro

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Caso raro aconteceu em 2013, mas agora vem sendo investigado por médicos.

Uma adolescente de 16 anos da cidade de Cornwall, na Inglaterra, morreu após não conseguir ir ao banheiro por 8 semanas. As informações são do jornal The Independent.
Emily Titterington entrou em colapso em decorrência de um ataque cardíaco em sua casa depois de ter ficado cerca de dois meses sem movimentar seu intestino. O caso aconteceu em fevereiro de 2013, mas recentemente ganhou destaque na imprensa internacional e vem sendo investigado desde então.
Durante a investigação, testemunhas contaram que a jovem sofria de uma espécie de fobias de banheiros, o que a fazia evitar o local. Por conta disso, o intestino dela ficou tão grande que causou uma cavidade em seu peito, o que comprimiu e deslocou alguns de seus órgãos.
De acordo com o jornal, Emily apresentava um histórico de problemas com estômago e se recusava a passar por tratamentos de saúde. A mãe da jovem, Geraldine Titterington, afirmou que a filha ficava muito ansiosa ao se consultar com médicos e ir a hospitais, segundo a BBC.
Dr. Alistair James, médico da adolescente, disse que prescreveu laxantes à garota, mas que não teve oportunidade de examinar seu abdômen. "Sua morte poderia ter sido evitada com o tratamento apropriado", comentou ele em inquérito. Outro profissional de saúde afirmou ser extremamente raro uma pessoa morrer de constipação.





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É possível 'pegar' meningite por espirro? Veja 18 respostas

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Dez morreram no RS por causa da doença. Saiba os sintomas, como se prevenir, tratar e lidar com parentes com meningite.

No Rio Grande do Sul, 10 pessoas morreram por conta da meningite neste ano, número maior que as três mortes ocorridas em 2014 no mesmo período, e a quantidade de casos também é mais alta. O surto levou a uma grande procura por vacinas na região. Muito se fala sobre os perigos da doença, mas você realmente sabe o que ela é? Afinal, todos os tipos são tão graves e merecem isolamento? Tire essas e outras dúvidas com as respostas do infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu; e das pediatras Lélia Nogueira Rodrigues Margarido e Danyelle Oliveira Toledo, e do neurologista Sinesio Grace Duarte, professores da Universidade de Franca (Unifran).

Meningite é uma inflamação?

É a inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e outras estruturas do sistema nervoso central. Essa inflamação pode ser causada por agentes químicos, físicos e principalmente infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e protozoários. Segundo o site do Ministério da Saúde, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido à capacidade de ocasionar surtos, e no caso da bacteriana, à gravidade dos casos.

Pode matar, sim

“Os dois principais diferenciais são apresentação clínica do quadro e gravidade. Dependendo do agente, a doença pode se manifestar em uma forma mais ou menos evidente e com maior ou menor taxa de mortalidade e sequelas”, disse o infectologista Barbosa. “As virais  têm curso mais benigno, enquanto as  bacterianas são mais graves. As causadas por fungos ou parasitas são mais crônicas”, acrescentaram os professores da Unifran.

Como a meningite é transmitida?

A transmissão da meningite depende do agente infeccioso. Segundo o infectologista Barbosa, contato com secreção nasal e espirros são fonte de possível contaminação por meningococo, hemófilo e alguns vírus, como o enterovírus. Otites, sinusites e outras infecções bacterianas de cabeça e pescoço podem favorecer, pela proximidade, a migração de bactérias para o sistema nervoso central, especialmente o pneumococo. Infecções generalizadas podem levar bactérias para as meninges, como no caso do pneumococo. Infecções bacterianas, fúngicas e virais também podem migrar para o sistema nervoso central, como nos casos da meningite tuberculosa, herpética ou criptocócica. Traumas ou cirurgias de crânio podem favorecer a infecção local. “A transmissão fecal-oral é de grande importância para a meningite viral, em infecções por enterovírus”, citou o site do Ministério da Saúde.

Meningite meningocócica é contagiosa até por espirros

A meningite meningocócica, infecção causada por uma bactéria chamada Neisseria meningitidis ou meningococo, é mais conhecida por dois motivos, como informou o infectologista Barbosa. O primeiro deles é a facilidade de transmissão, já que pequenas quantidades de secreção nasal ou espirros podem ser altamente contagiosos, principalmente em ambientes fechados, como salas de aulas, creches e transporte público em que haja contato próximo entre as pessoas. O outro é a gravidade da doença, já que a meningite meningocócica por si só já é muito grave para o sistema nervoso central, mas também pode ainda vir acompanhada da forma disseminada da infecção, chamada de meningococcemia, situação em que a bactéria se espalha pelo corpo (septicemia), com alto índice de mortalidade. “É uma doença de evolução rápida e com alta letalidade, que varia de 7% até 70%. Mesmo em países com assistência médica adequada, a meningococcemia pode ter uma letalidade de até 40%. Geralmente, acomete crianças e adultos jovens, mas em situações epidêmicas, a doença pode atingir pessoas de todas as faixas etárias”, relatam os médicos da Unifran.

Crianças são mais suscetíveis

“O grupo etário mais vulnerável são as crianças menores de 5 anos, porém as crianças menores de 1 ano e os indivíduos maiores de 60 anos são mais susceptíveis à doença. Os indivíduos portadores de quadros crônicos ou doenças imunossupressoras, como síndrome nefrótica, asplenia anatômica ou funcional, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, infecção pelo HIV, também possuem maior susceptibilidade de adoecer”, informou o site do Ministério da Saúde.
Febre, dor na nuca e alteração da consciência são os três sintomas mais frequentes.
“São três os sintomas mais frequentes: febre, sinais meníngeos (como rigidez de nuca e outros achados no exame físico) e alteração do nível de consciência, mas a ausência de um desses elementos não exclui a possibilidade do diagnóstico”, disse o infectologista Barbosa. Além disso, o paciente pode apresentar dor de cabeça, convulsões, fotofobia, náuseas, vômitos, sonolência e falta de apetite. “Os sintomas variam muito de intensidade dependendo do agente infeccioso relacionado e do status imunológico do paciente”, comentou o infectologista Barbosa.

Tosse e diarreia também são sintomas de meningite?

“Tosse e diarreia podem ser sintomas concomitantes (simultâneos), mas não são específicos de meningite”, esclareceu o médico Barbosa.

Meningite causa manchas na pele ? Em quais casos?

As manchas de pele, também conhecidas como púrpuras ou equimoses, estão presentes quando há disseminação sistêmica do agente infeccioso, principalmente relacionada à meningococcemia, situação em que a bactéria Neisseria meningitidis se espalha pelo corpo (septicemia), com alto índice de mortalidade, como informou Barbosa.

Dor e rigidez na nuca são realmente sinais da doença?

A rigidez e dor na região da nuca, também descrita como pescoço rígido, são sinais muito sugestivos de meningite quando associados aos outros sintomas relacionados, como febre e alteração do nível de consciência. “Isso acontece porque as meninges estão muito inflamadas e a inflamação gera aumento dos mediadores da dor, e limitação do movimento”, explicou o infectologista Barbosa.

Qual é a proporção de mortes em casos de meningite? Quais casos têm maior risco de morte?

A mortalidade depende basicamente do agente causador e da resposta imune do paciente, além da precocidade do diagnóstico e tratamento. Algumas infecções virais extremamente comuns, como as causadas por enterovírus, geralmente são autolimitadas e com baixíssima mortalidade. Já na meningite meningocócica com meningococcemia, a taxa de mortes pode ultrapassar 40%, como informou o médico Barbosa.

Como é o tratamento da meningite? A escolha do medicamento e o tempo de tratamento dependem do agente causador da meningite. “Em infecções virais leves, ela pode ser autolimitada. Em casos de meningite herpética, se usa o aciclovir. As meningites bacterianas são sempre tratadas com antibióticos endovenosos específicos, com a penicilina ou ceftriaxona. Já nas meningites fúngicas, devem ser prescritas drogas antifúngicas”, listou o infectologista Barbosa.
Quais sequelas a meningite pode deixar? As possíveis sequelas são muitas, como cegueira, surdez, déficits cognitivos e/ou motores. “Isso acontece por lesão direta ou indireta do agente infeccioso no sistema nervoso central. As meningites pneumocócica, meningocócica e criptocócica estão entre as mais relacionadas com sequelas”, comentou Barbosa.
 Quem toma as vacinas está 100% imunizado? Nenhuma vacina oferece 100% de proteção, pois depende da competência do sistema imune da pessoa para a fabricação dos anticorpos. Há o fato também que algumas vacinas protegem somente contra alguns subtipos do agente causador da infecção. “Porém, se uma grande quantidade de pessoas for vacinada, todos ganham, pois o agente infeccioso não consegue circular, já que a maioria estará imunizada”, comentou o infectologista Barbosa.
O que fazer em caso de suspeita da doença? Deve-se procurar o mais rápido possível o atendimento médico como em um pronto-socorro. Não adie a consulta, pois a precocidade do diagnóstico melhora o prognóstico.
O que caracteriza uma epidemia de meningite? “A definição é técnica e se baseia em um aumento extraordinário de casos subitamente, muito acima do esperado para o período. Cada agente causador de meningite tem uma definição distinta, portanto”, esclareceu Barbosa.
Se uma pessoa da família está com meningite, deve ficar isolada? A necessidade de isolamento depende de qual é o agente causador da doença, devendo partir da orientação do médico  ou da equipe de saúde responsável. “Em geral as meningites pelo meningococo e hemófilo merecem isolamento até a erradicação da bactéria no paciente. Outras causas como tuberculose e algumas infecções virais podem requerer isolamento. Como as meningites são de notificação compulsória, o sistema de vigilância epidemiológica local tem acesso ao reporte do caso e inicia uma busca aos contactantes (pessoas que tiveram contato com o doente). Em caso de necessidade, esses contactantes recebem medicação como profilaxia”, explicou Barbosa.






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Síndrome das pernas inquietas: mania ou doença?

Síndrome das pernas inquietas: mania ou doença?




No escritório, no cinema ou na cama antes de dormir: balançar as pernas é uma forma comum de aliviar a ansiedade. Mas o movimento repetitivo pode esconder um distúrbio mais grave e demandar tratamento adequado.
Balançar as pernas é uma forma comum e, muitas vezes, inconsciente de aliviar a ansiedade e o nervosismo. Mas quando esses movimentos são incontroláveis e vêm acompanhados de dor, podem se tornar uma questão de saúde.
A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio caracterizado pela alteração da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores — nos casos mais graves, pode afetar também os braços. Os sintomas, que incluem sensação de formigamento, queimação e pontadas nas pernas, costumam se intensificar quando a pessoa está em repouso e à noite, comprometendo a qualidade do sono. Lilo Habersack, que tem a síndrome, sentiu os primeiros sinais quando estava no teatro. "Eu não conseguia mais ficar parada sentada, precisava movimentar minhas pernas, mas estava com medo de incomodar as pessoas ao lado. No intervalo, foi tudo bem, mas foi só sentar de novo para voltar tudo", conta. Com os membros em movimento, o incômodo passa. "A pessoa desconecta a informação que vai para o cérebro sobre essa dor, é uma forma de buscar alívio por mecanismos neurofisiológicos", explica o neurocirurgião Jorge Bruno González.

Causas e diagnóstico

As causas da síndrome ainda não são bem conhecidas, mas González diz que há fatores associados, como diabetes, deficiência de ferro e doenças crônicas no rim ou neurológicas, como esclerose múltipla.
Segundo Wolfgang H. Oertel, neurologista e professor da clínica da Universidade de Marburg, existem pesquisas, inclusive na Alemanha, que apontam ainda a genética como causa provável.
O diagnóstico é basicamente clínico e, por isso, depende da descrição do paciente sobre os sintomas. "As pessoas fazem muitas perguntas, como se estão com algum parasita na perna, e dizem que sentem como se formigas andassem nela, é bem difícil de descrever", diz Oertel.
"Se eu cortar meu dedo, todos podem entender o quanto dói. Mas quando eu preciso explicar a dor que sinto, é 'parece que está puxando aqui ou rasgando ali'", diz o paciente Lilo Habersack, que tem histórico da síndrome na família.
                                                Prevenção e tratamento
A profilaxia (prevenção) é a medida mais eficaz contra a síndrome. "É preciso buscar um estilo de vida saudável, com exercícios de leves a moderados e alimentação correta", diz González. Café, álcool e cigarros devem ser evitados. Se a causa for a falta de ferro no organismo, é possível repor os níveis do mineral com suplementos ou uma dieta balanceada. No caso de sintomas mais severos, medicamentos podem auxiliar no tratamento. Entre eles, estão os remédios com dopamina, substância que o cérebro libera e que é responsável, entre outras coisas, por controlar os movimentos e as reações sensitivas. O tratamento também pode envolver remédios para a dor e, em último caso, medicamentos à base de ópio. Certas substâncias farmacológicas, por sua vez, agravam os sintomas. "É o que acontece com alguns antidepressivos e antialérgicos, que bloqueiam a produção de dopamina", explica González.
                                               Terapias alternativas
Ainda sem comprovação científica, González diz que estudos apontam diminuição dos sintomas em praticantes de exercícios energéticos, como tai chi, chi kung e yoga. "Também são possíveis a acupuntura, para tratar fatores psicossomáticos que pioram as dores, e a terapia neural, para aumentar a ativação do sistema nervoso", acrescenta. Técnicas de relaxamento como o treinamento autógeno — criado pelo psiquiatra alemão Heinrich Schultz no início do século 20 — podem amenizar os distúrbios do sono, mas são contraproducentes no caso da síndrome, porque situações de calma e descanso agravam os sintomas. Em vez disso, são indicadas atividades que ocupam a cabeça e exigem concentração, como jogar palavras cruzadas, passar roupa ou tricotar. Para os desconfortos noturnos, Oertel recomenda ter uma bicicleta ergométrica próxima à cama. "Eu costumo indicar também às pessoas, se possível, procurarem um trabalho em que possam ser mais ativas, que as faça caminhar por uma ou duas horas." Muitos pacientes relatam ainda que passar água fria e fazer compressas de gelo nas pernas alivia os sintomas.







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