Absorventes internos: saiba quais são os cuidados ao usar

Absorventes internos: saiba quais são os cuidados ao usar




Você pode se sentir nervosa em usar absorventes internos pela primeira vez. Isso é bastante normal, especialmente se tiver quaisquer dúvidas sobre eles. A boa notícia é que quando usados corretamente não há qualquer risco, embora seja importante cuidar na escolha do tamanho e do tipo de produto.

Como escolher absorventes internos

Absorventes internos são produtos utilizados para absorver o fluxo menstrual. Eles são feitos de algodão macio em uma forma do tipo cilindro, de modo que podem ser facilmente inseridos na abertura da vagina. Desse modo eles retêm o fluxo menstrual.
É importante cuidar na escolha do tamanho e do tipo de de absorvente interno

Há muitos tipos diferentes disponíveis no mercado. Todos são feitos de algodão, rayon ou uma combinação desses dois materiais, e podem ter um aplicador de papelão, plástico extensível ou então a possibilidade de inseri-lo diretamente com as mãos.

Ao escolher é preciso verificar a quantidade de líquido que conseguem absorver. Por isso, são nomeados e classificados conforme a capacidade de absorção. Acontece que esse método não é para todas, já que possui seus prós e contras.

A maioria das mulheres acha que é extremamente difícil participar em atividades esportivas e na piscina durante a sua menstruação. Pois esse tipo de absorvente dá essa liberdade a elas,permitindo esportes como a natação.

Além disso, a mulher é livre para vestir qualquer tipo de roupa durante a menstruação e também evita os odores do fluxo. Eles também são uma boa opção quando se trata do ponto de vista higiênico. Isso porque o sangue menstrual não entra em contato com a pele ao redor da área pubiana.

No entanto, há certas desvantagens. Inseri-lo na vagina pode ser um pouco inconveniente para muitas – e por isso algumas acabam desistindo. É preciso prática para fazer isso corretamente, até porque quando usado da maneira errada ele é capaz de afetar sua saúde.

Uso correto é fundamental

Para não ter qualquer comprometimento de saúde ao usar absorventes internos são necessários determinados cuidados. Por exemplo, lave as mãos antes de inserir o tampão e também se certifique que a corda está firmemente ligada ao absorvente – para isso dê um pequeno puxão.

Além disso, altere o absorvente várias vezes ao dia, pelo menos a cada 4 a 8 horas – jamais ultrapasse esse limite. Essa precaução pode ser fundamental para evitar uma condição conhecida como Síndrome do Choque Tóxico, onde bactérias liberam toxinas na corrente sanguínea.

Essas toxinas causam inflamação e são capazes de interferir nos processos que regulam a pressão sanguínea – fazendo-a cair a um nível perigosamente baixo. Como consequência é possível ocorrer insuficiência de múltiplos órgãos, geralmente o rim. As bactérias ainda podem atacar tecidos, inclusive a pele, músculos e órgãos – levando à morte.

De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, uma ou duas mulheres em cada 100 mil apresenta a doença anualmente. Cerca de 40% delas são adolescentes, cujos corpos não construíram anticorpos para as toxinas.


Além disso, pesquisadores da Universidad Nacional de La Plata, na Argentina indicam que certos produtos feitos de algodão, como alguns dos absorventes internos, podem conter uma substância cancerígena, chamada glifosato. Esse é um tipo de agrotóxico comum em plantações de algodão e que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) pode ter uma ação cancerígena no corpo humano.




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Fotos de jovens com suas bolsas de colostomia bombam na web

Fotos de jovens com suas bolsas de colostomia bombam na web




Imagem da bolsa que recolhe dejetos corporais foi vista por mais de 2,7 milhões de internautas no Facebook.


Um estudante britânico de 20 anos está fazendo sucesso na internet após divulgar uma foto de si mesmo com sua bolsa de colostomia.
Luke Bennett divulgou sua foto para ajudar outras pessoas que tenham que passar pela mesma cirurgia

A imagem foi vista por mais de 2,7 milhões de pessoas no Facebook. A bolsa é um contêiner externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais.
Luke Bennett foi diagnosticado com uma colite ulcerosa há quatro anos. A inflamação crônica do cólon causa dores, sangramentos e diarreias, além de uma série de outros problemas.
"Não sabia muito sobre a doença, a não ser que meu tio e meu primo sofriam dela", diz Bennett.
No primeiro ano, ele quase não teve sintomas. No entanto, uma crise em 2012 o deixou hospitalizado por cinco dias. Nenhum dos medicamentos dados a ele surtiu efeito.
"Sabia que iam ter de me operar em algum momento, então, decidi fazer o quanto antes", explica o rapaz.
"A vida nem sempre é legal com a gente, e, para mim, a decisão era entre fazer a cirurgia e viver com uma bolsa ou seguir doente até precisar fazer uma operação com urgência no futuro."

'Outra parte de mim'

Há seis semanas, os médicos retiraram o cólon de Bennett, que agora depende da bolsa para evacuar. "Nas primeiras duas ou três semanas depois da operação, sentia muita dor, mas nada comparável ao que tinha sofrido antes." Ele diz ter aprendido a viver com a bolsa - é necessário trocá-la a cada um ou dois dias e esvaziá-la três vezes ao dia - e que isso não é tão ruim quanto imaginava. "É só uma outra parte de mim que tenho que aprender a aceitar", afirma. A única coisa que não pode fazer até se recuperar completamente da cirurgia é levantar muito peso. "Não é o fim do mundo", diz Bennett, que estuda Direito na Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Sem medo

Não é a primeira vez que uma foto de um jovem com a bolsa de colostomia causa sensação nas redes sociais. No ano passado, a jovem britânica Bethany Townsend, que sofre da doença de Crohn, publicou fotos tiradas nas férias em que aparecia de biquíni .
As fotos de Townsend foram vistas e compartilhadas milhões de vezes e foram parar no site de uma ONG que dá apoio a pacientes com colite ulcerosa e doença de Crohn. Ao ver as fotos da jovem, Bennett resolveu divulgar sua foto, feita depois da operação para mostrar a amigos e familiares como estava, no mesmo site, para ajudar outros como ele e Townsend. Segundo Bennett, seria uma forma de preparar pessoas que foram informadas de que terão de fazer a operação. Agora, a imagem já foi vista por milhões de pessoas, o que Bennet considera uma "loucura". "Estou muito feliz pela reação das pessoas", afirma. Dan McLean, da ONG Crohn e Colite Reino Unido, considera que o rapaz servirá de "inspiração" para os dez mil jovens britânicos que são diagnosticados com a doença a cada ano.






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Com fobia, jovem morre após 2 meses sem ir ao banheiro

Com fobia, jovem morre após 2 meses sem ir ao banheiro




Caso raro aconteceu em 2013, mas agora vem sendo investigado por médicos.

Uma adolescente de 16 anos da cidade de Cornwall, na Inglaterra, morreu após não conseguir ir ao banheiro por 8 semanas. As informações são do jornal The Independent.
Emily Titterington entrou em colapso em decorrência de um ataque cardíaco em sua casa depois de ter ficado cerca de dois meses sem movimentar seu intestino. O caso aconteceu em fevereiro de 2013, mas recentemente ganhou destaque na imprensa internacional e vem sendo investigado desde então.
Durante a investigação, testemunhas contaram que a jovem sofria de uma espécie de fobias de banheiros, o que a fazia evitar o local. Por conta disso, o intestino dela ficou tão grande que causou uma cavidade em seu peito, o que comprimiu e deslocou alguns de seus órgãos.
De acordo com o jornal, Emily apresentava um histórico de problemas com estômago e se recusava a passar por tratamentos de saúde. A mãe da jovem, Geraldine Titterington, afirmou que a filha ficava muito ansiosa ao se consultar com médicos e ir a hospitais, segundo a BBC.
Dr. Alistair James, médico da adolescente, disse que prescreveu laxantes à garota, mas que não teve oportunidade de examinar seu abdômen. "Sua morte poderia ter sido evitada com o tratamento apropriado", comentou ele em inquérito. Outro profissional de saúde afirmou ser extremamente raro uma pessoa morrer de constipação.





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É possível 'pegar' meningite por espirro? Veja 18 respostas

É possível 'pegar' meningite por espirro? Veja 18 respostas




Dez morreram no RS por causa da doença. Saiba os sintomas, como se prevenir, tratar e lidar com parentes com meningite.

No Rio Grande do Sul, 10 pessoas morreram por conta da meningite neste ano, número maior que as três mortes ocorridas em 2014 no mesmo período, e a quantidade de casos também é mais alta. O surto levou a uma grande procura por vacinas na região. Muito se fala sobre os perigos da doença, mas você realmente sabe o que ela é? Afinal, todos os tipos são tão graves e merecem isolamento? Tire essas e outras dúvidas com as respostas do infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu; e das pediatras Lélia Nogueira Rodrigues Margarido e Danyelle Oliveira Toledo, e do neurologista Sinesio Grace Duarte, professores da Universidade de Franca (Unifran).

Meningite é uma inflamação?

É a inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e outras estruturas do sistema nervoso central. Essa inflamação pode ser causada por agentes químicos, físicos e principalmente infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e protozoários. Segundo o site do Ministério da Saúde, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido à capacidade de ocasionar surtos, e no caso da bacteriana, à gravidade dos casos.

Pode matar, sim

“Os dois principais diferenciais são apresentação clínica do quadro e gravidade. Dependendo do agente, a doença pode se manifestar em uma forma mais ou menos evidente e com maior ou menor taxa de mortalidade e sequelas”, disse o infectologista Barbosa. “As virais  têm curso mais benigno, enquanto as  bacterianas são mais graves. As causadas por fungos ou parasitas são mais crônicas”, acrescentaram os professores da Unifran.

Como a meningite é transmitida?

A transmissão da meningite depende do agente infeccioso. Segundo o infectologista Barbosa, contato com secreção nasal e espirros são fonte de possível contaminação por meningococo, hemófilo e alguns vírus, como o enterovírus. Otites, sinusites e outras infecções bacterianas de cabeça e pescoço podem favorecer, pela proximidade, a migração de bactérias para o sistema nervoso central, especialmente o pneumococo. Infecções generalizadas podem levar bactérias para as meninges, como no caso do pneumococo. Infecções bacterianas, fúngicas e virais também podem migrar para o sistema nervoso central, como nos casos da meningite tuberculosa, herpética ou criptocócica. Traumas ou cirurgias de crânio podem favorecer a infecção local. “A transmissão fecal-oral é de grande importância para a meningite viral, em infecções por enterovírus”, citou o site do Ministério da Saúde.

Meningite meningocócica é contagiosa até por espirros

A meningite meningocócica, infecção causada por uma bactéria chamada Neisseria meningitidis ou meningococo, é mais conhecida por dois motivos, como informou o infectologista Barbosa. O primeiro deles é a facilidade de transmissão, já que pequenas quantidades de secreção nasal ou espirros podem ser altamente contagiosos, principalmente em ambientes fechados, como salas de aulas, creches e transporte público em que haja contato próximo entre as pessoas. O outro é a gravidade da doença, já que a meningite meningocócica por si só já é muito grave para o sistema nervoso central, mas também pode ainda vir acompanhada da forma disseminada da infecção, chamada de meningococcemia, situação em que a bactéria se espalha pelo corpo (septicemia), com alto índice de mortalidade. “É uma doença de evolução rápida e com alta letalidade, que varia de 7% até 70%. Mesmo em países com assistência médica adequada, a meningococcemia pode ter uma letalidade de até 40%. Geralmente, acomete crianças e adultos jovens, mas em situações epidêmicas, a doença pode atingir pessoas de todas as faixas etárias”, relatam os médicos da Unifran.

Crianças são mais suscetíveis

“O grupo etário mais vulnerável são as crianças menores de 5 anos, porém as crianças menores de 1 ano e os indivíduos maiores de 60 anos são mais susceptíveis à doença. Os indivíduos portadores de quadros crônicos ou doenças imunossupressoras, como síndrome nefrótica, asplenia anatômica ou funcional, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, infecção pelo HIV, também possuem maior susceptibilidade de adoecer”, informou o site do Ministério da Saúde.
Febre, dor na nuca e alteração da consciência são os três sintomas mais frequentes.
“São três os sintomas mais frequentes: febre, sinais meníngeos (como rigidez de nuca e outros achados no exame físico) e alteração do nível de consciência, mas a ausência de um desses elementos não exclui a possibilidade do diagnóstico”, disse o infectologista Barbosa. Além disso, o paciente pode apresentar dor de cabeça, convulsões, fotofobia, náuseas, vômitos, sonolência e falta de apetite. “Os sintomas variam muito de intensidade dependendo do agente infeccioso relacionado e do status imunológico do paciente”, comentou o infectologista Barbosa.

Tosse e diarreia também são sintomas de meningite?

“Tosse e diarreia podem ser sintomas concomitantes (simultâneos), mas não são específicos de meningite”, esclareceu o médico Barbosa.

Meningite causa manchas na pele ? Em quais casos?

As manchas de pele, também conhecidas como púrpuras ou equimoses, estão presentes quando há disseminação sistêmica do agente infeccioso, principalmente relacionada à meningococcemia, situação em que a bactéria Neisseria meningitidis se espalha pelo corpo (septicemia), com alto índice de mortalidade, como informou Barbosa.

Dor e rigidez na nuca são realmente sinais da doença?

A rigidez e dor na região da nuca, também descrita como pescoço rígido, são sinais muito sugestivos de meningite quando associados aos outros sintomas relacionados, como febre e alteração do nível de consciência. “Isso acontece porque as meninges estão muito inflamadas e a inflamação gera aumento dos mediadores da dor, e limitação do movimento”, explicou o infectologista Barbosa.

Qual é a proporção de mortes em casos de meningite? Quais casos têm maior risco de morte?

A mortalidade depende basicamente do agente causador e da resposta imune do paciente, além da precocidade do diagnóstico e tratamento. Algumas infecções virais extremamente comuns, como as causadas por enterovírus, geralmente são autolimitadas e com baixíssima mortalidade. Já na meningite meningocócica com meningococcemia, a taxa de mortes pode ultrapassar 40%, como informou o médico Barbosa.

Como é o tratamento da meningite? A escolha do medicamento e o tempo de tratamento dependem do agente causador da meningite. “Em infecções virais leves, ela pode ser autolimitada. Em casos de meningite herpética, se usa o aciclovir. As meningites bacterianas são sempre tratadas com antibióticos endovenosos específicos, com a penicilina ou ceftriaxona. Já nas meningites fúngicas, devem ser prescritas drogas antifúngicas”, listou o infectologista Barbosa.
Quais sequelas a meningite pode deixar? As possíveis sequelas são muitas, como cegueira, surdez, déficits cognitivos e/ou motores. “Isso acontece por lesão direta ou indireta do agente infeccioso no sistema nervoso central. As meningites pneumocócica, meningocócica e criptocócica estão entre as mais relacionadas com sequelas”, comentou Barbosa.
 Quem toma as vacinas está 100% imunizado? Nenhuma vacina oferece 100% de proteção, pois depende da competência do sistema imune da pessoa para a fabricação dos anticorpos. Há o fato também que algumas vacinas protegem somente contra alguns subtipos do agente causador da infecção. “Porém, se uma grande quantidade de pessoas for vacinada, todos ganham, pois o agente infeccioso não consegue circular, já que a maioria estará imunizada”, comentou o infectologista Barbosa.
O que fazer em caso de suspeita da doença? Deve-se procurar o mais rápido possível o atendimento médico como em um pronto-socorro. Não adie a consulta, pois a precocidade do diagnóstico melhora o prognóstico.
O que caracteriza uma epidemia de meningite? “A definição é técnica e se baseia em um aumento extraordinário de casos subitamente, muito acima do esperado para o período. Cada agente causador de meningite tem uma definição distinta, portanto”, esclareceu Barbosa.
Se uma pessoa da família está com meningite, deve ficar isolada? A necessidade de isolamento depende de qual é o agente causador da doença, devendo partir da orientação do médico  ou da equipe de saúde responsável. “Em geral as meningites pelo meningococo e hemófilo merecem isolamento até a erradicação da bactéria no paciente. Outras causas como tuberculose e algumas infecções virais podem requerer isolamento. Como as meningites são de notificação compulsória, o sistema de vigilância epidemiológica local tem acesso ao reporte do caso e inicia uma busca aos contactantes (pessoas que tiveram contato com o doente). Em caso de necessidade, esses contactantes recebem medicação como profilaxia”, explicou Barbosa.






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Síndrome das pernas inquietas: mania ou doença?

Síndrome das pernas inquietas: mania ou doença?




No escritório, no cinema ou na cama antes de dormir: balançar as pernas é uma forma comum de aliviar a ansiedade. Mas o movimento repetitivo pode esconder um distúrbio mais grave e demandar tratamento adequado.
Balançar as pernas é uma forma comum e, muitas vezes, inconsciente de aliviar a ansiedade e o nervosismo. Mas quando esses movimentos são incontroláveis e vêm acompanhados de dor, podem se tornar uma questão de saúde.
A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio caracterizado pela alteração da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores — nos casos mais graves, pode afetar também os braços. Os sintomas, que incluem sensação de formigamento, queimação e pontadas nas pernas, costumam se intensificar quando a pessoa está em repouso e à noite, comprometendo a qualidade do sono. Lilo Habersack, que tem a síndrome, sentiu os primeiros sinais quando estava no teatro. "Eu não conseguia mais ficar parada sentada, precisava movimentar minhas pernas, mas estava com medo de incomodar as pessoas ao lado. No intervalo, foi tudo bem, mas foi só sentar de novo para voltar tudo", conta. Com os membros em movimento, o incômodo passa. "A pessoa desconecta a informação que vai para o cérebro sobre essa dor, é uma forma de buscar alívio por mecanismos neurofisiológicos", explica o neurocirurgião Jorge Bruno González.

Causas e diagnóstico

As causas da síndrome ainda não são bem conhecidas, mas González diz que há fatores associados, como diabetes, deficiência de ferro e doenças crônicas no rim ou neurológicas, como esclerose múltipla.
Segundo Wolfgang H. Oertel, neurologista e professor da clínica da Universidade de Marburg, existem pesquisas, inclusive na Alemanha, que apontam ainda a genética como causa provável.
O diagnóstico é basicamente clínico e, por isso, depende da descrição do paciente sobre os sintomas. "As pessoas fazem muitas perguntas, como se estão com algum parasita na perna, e dizem que sentem como se formigas andassem nela, é bem difícil de descrever", diz Oertel.
"Se eu cortar meu dedo, todos podem entender o quanto dói. Mas quando eu preciso explicar a dor que sinto, é 'parece que está puxando aqui ou rasgando ali'", diz o paciente Lilo Habersack, que tem histórico da síndrome na família.
                                                Prevenção e tratamento
A profilaxia (prevenção) é a medida mais eficaz contra a síndrome. "É preciso buscar um estilo de vida saudável, com exercícios de leves a moderados e alimentação correta", diz González. Café, álcool e cigarros devem ser evitados. Se a causa for a falta de ferro no organismo, é possível repor os níveis do mineral com suplementos ou uma dieta balanceada. No caso de sintomas mais severos, medicamentos podem auxiliar no tratamento. Entre eles, estão os remédios com dopamina, substância que o cérebro libera e que é responsável, entre outras coisas, por controlar os movimentos e as reações sensitivas. O tratamento também pode envolver remédios para a dor e, em último caso, medicamentos à base de ópio. Certas substâncias farmacológicas, por sua vez, agravam os sintomas. "É o que acontece com alguns antidepressivos e antialérgicos, que bloqueiam a produção de dopamina", explica González.
                                               Terapias alternativas
Ainda sem comprovação científica, González diz que estudos apontam diminuição dos sintomas em praticantes de exercícios energéticos, como tai chi, chi kung e yoga. "Também são possíveis a acupuntura, para tratar fatores psicossomáticos que pioram as dores, e a terapia neural, para aumentar a ativação do sistema nervoso", acrescenta. Técnicas de relaxamento como o treinamento autógeno — criado pelo psiquiatra alemão Heinrich Schultz no início do século 20 — podem amenizar os distúrbios do sono, mas são contraproducentes no caso da síndrome, porque situações de calma e descanso agravam os sintomas. Em vez disso, são indicadas atividades que ocupam a cabeça e exigem concentração, como jogar palavras cruzadas, passar roupa ou tricotar. Para os desconfortos noturnos, Oertel recomenda ter uma bicicleta ergométrica próxima à cama. "Eu costumo indicar também às pessoas, se possível, procurarem um trabalho em que possam ser mais ativas, que as faça caminhar por uma ou duas horas." Muitos pacientes relatam ainda que passar água fria e fazer compressas de gelo nas pernas alivia os sintomas.







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Estamos vencendo a luta contra o HIV?

Estamos vencendo a luta contra o HIV?




A entrevista do ator Charlie Sheen admitindo ser HIV positivo teve grande repercussão no mundo inteiro. Ainda assim, provavelmente nem tanta quanto teria algumas décadas atrás.
Charlie Sheen, famoso por interpretar o personagem Charlie, da série "Two And a Half Man", revelou ser soropositivo em programa de TV

O desenvolvimento de remédios modernos para tratar o problema já fez com que o diagnóstico soropositivo não significasse uma "sentença de morte", como era no passado.

Mas será que estamos vencendo a luta contra o HIV?

Números do vírus

Mais de 1,2 milhão de pessoas nos Estados Unidos vivem com HIV. No Brasil, segundo as estimativas mais recentes divulgadas em março pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, há 734 mil pessoas com o vírus – das quais 589 mil foram diagnosticadas e 404 mil já estão em tratamento. O vírus ataca o sistema imunológico do corpo e pode levar ao desenvolvimento da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Nos EUA, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma em cada oito pessoas que vivem com HIV ainda não sabem que estão com o vírus. Quanto antes um soropositivo receber o diagnóstico, mais chances ele tem de evitar o desenvolvimento da Aids. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 35 milhões de pessoas no mundo sejam HIV positivas – mas somente 50% delas teriam ciência disso. A situação é pior na África Subsaariana, onde os números chegam a um em cada 20 adultos na região convivendo com o HIV. Cerca de 71% das pessoas soropositivas do mundo moram na África. 
Segundo OMS, 35 milhões de pessoas no mundo têm HIV


Aumentando ou diminuindo?


Mundialmente, o número anual de novos infectados com o vírus do HIV caiu cerca de um terço entre 2001 e 2013 – de 3,4 milhões para 2,3 milhões, segundo o relatório da ONU. Mas esses números não estão diminuindo em todos os lugares. Nos Estados Unidos, houve cerca de 50 mil novos infectados a cada ano na última década – comparados com os 130 mil por ano no auge da epidemia, nos anos 1980. Nos Estados Unidos, gays e bissexuais do sexo masculino correspondem a 63% dos novos infectados. Em Londres, de acordo com a Public Health England , um em cada oito homens que tiveram relações sexuais com outros homens têm HIV. A taxa de americanos negros infectados também é desproporcional. "Os negros são apenas 12% da população dos Estados Unidos, mas representam 46% dos novos diagnósticos de HIV no país", explica Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas nos Estados Unidos. Houve cerca de 2 milhões de novos casos de HIV pelo mundo em 2014 – e 220 mil deles foram diagnósticos de crianças. A maioria vive na África Subsaariana e foi infectada por mães soropositivas durante a gravidez, na hora do nascimento ou na amamentação, de acordo com a ONU. Em 2015, Cuba foi o primeiro país a declarar ter eliminado de vez as transmissões do HIV de mãe para filho.
Mães podem passar o vírus para os filhos durante a gravidez, no nascimento ou mesmo na amamentação. 

Como o HIV afeta nossa expectativa de vida?

Hoje em dia, um jovem de 20 anos que recebe o diagnóstico soropositivo e que inicia o tratamento com um coquetel de remédios para combater o vírus tem uma expectativa de viver mais 50 anos. Isso, comparada à realidade dos anos 1980, durante a epidemia da doença, é uma evolução sem tamanho – à época, uma pessoa que tivesse o diagnóstico de HIV poderia viver mais alguns meses ou poucos anos. A melhora se deu por causa da descoberta de uma terapia antirretroviral (TAR), que impede o HIV de se multiplicar e reduz a quantidade de vírus no corpo. "Se as pessoas tomarem uma combinação de três ou mais remédios (da TAR) e seguirem à risca o tratamento, podem mudar completamente sua perspectiva", afirma Fauci. No fim do ano passado, 14,9 milhões de pessoas estavam recebendo a TAR – 40% do número total de pessoas que vivem com HIV no mundo. Mas 1,5 milhão de pessoas ainda morreram em decorrência de complicações do HIV em 2013. O vírus matou 39 milhões desde meados dos anos 1980.
Tratamento anti-retroviral impede vírus de se multiplicar e reduz a quantidade dele no corpo 

Qual é o risco do sexo desprotegido?

Ao revelar ser soropositivo, Charlie Sheen disse ter tido relações sexuais sem proteção nenhuma com apenas duas pessoas – "que já estão sob os cuidados do seu médico". Mas quão arriscado é o sexo desprotegido? Isso depende de uma série de fatores. O HIV é transmitido por uma troca de fluidos do corpo, como sangue, sêmen, fluidos vaginais e leite materno. E uma relação sexual desprotegida é a forma mais comum de se transmitir a doença. O médico de Sheen, Robert Huizenga, disse ao programa Today Showque a chance de o ator passar o vírus para outro parceiro sexual é muito baixa agora, porque o vírus está praticamente "indetectável" no sangue do ator. A taxa de transmissão do HIV para pessoas que não são soropositivas é 96% mais baixa se o parceiro estiver sob tratamento, segundo um estudo internacional. Mas o CDC alerta que menos de 40% dos americanos com HIV estão em tratamento – e somente 30% atingiram essa "supressão viral", quando o vírus fica indetectável. A quantidade de HIV no sangue também pode aumentar novamente, assim como também aumenta o risco de transmissão quando as pessoas param de tomar os remédios. Um novo tipo de tratamento é a "Profilaxia Pré-Exposição" (PrEP), que pode oferecer proteção contra o HIV durante o sexo, mas ele ainda não está disponível em todos os lugares. Quando Sheen se referiu às parceiras "sob cuidados do seu médico", provavelmente ele quis dizer que elas estariam tomando esses medicamentos. 

Espalhar HIV é crime?

Pessoas soropositivas podem ser processadas se transmitirem o vírus a outras pessoas de maneira intencional. Nos Estados Unidos, 67 leis focadas especificamente nas pessoas portadoras do HIV foram decretadas em 33 Estados até 2011. Elas tratam sobre casos como não revelar para o parceiro sexual que é portador do vírus – mesmo que o risco de transmissão seja mínimo ou inexistente –, doar órgãos infectados ou "cuspir" fluidos corporais infectados. No entanto, já houve pedidos para uma revisão das leis estaduais após os estudos que comprovam a redução do risco de transmissão do vírus para pessoas que estão sob tratamento antirretroviral. Outros países, como o Brasil, o Reino Unido, a Finlândia e a Nova Zelândia, enquadram atitudes como essa – de espalhar o vírus propositalmente – em crimes perigosos, como lesão corporal grave ou homicídio. A ONU, porém, pede que países limitem a criminalização somente a casos em que as pessoas realmente tiveram a intenção de transmitir o vírus. Ela defende que leis gerais – e não específicas sobre o HIV – sejam aplicadas em casos assim.










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Pela 1ª vez, espermatozoides humanos são criados 'in vitro'

Pela 1ª vez, espermatozoides humanos são criados 'in vitro'




Técnica pode ser solução para infertilidade em homens.

Cientistas de uma startup francesa conseguiram, pela primeira vez na história, criar espermatozoides humanos "in vitro" a partir de células de um homem estéril. O anúncio foi feito pela própria companhia Kallistem, que divulgou as informações em uma coletiva de imprensa, poucos dias após ter patenteado a descoberta.
Um estudo da Universidade da Califórnia (Ucla), em Los Angeles, nos Estados Unidos, observou os espermatozoides do sêmen dos homens que consumiram nozes tiveram melhoras significativas quanto à forma, motilidade e vitalidade do espermatozoide. Eles também apresentaram menos alterações cromossômicas

Segundo os pesquisadores, os espermatozoides foram desenvolvidos a partir de células espermatogônias, presentes no tecido dos testículos de todos os homens - incluindo pré-adolescentes que ainda não passaram pela puberdade - e que se transformam em espermatozoides quando a pessoa não sofre de nenhum problema.
No futuro, a técnica poderá ser usada para preservar a fertilidade de garotos obrigados a se submeterem a terapias potencialmente perigosas, como quimioterapia, ou resolver casos de infertilidade que não podem ser tratados de outro modo. "Nos próximos cinco anos, esperamos ter os primeiros centros que colocarão o método à disposição", afirmou a presidente da Kallistem, Isabelle Cuoc.




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Homem morre de câncer formado por células de verme

Homem morre de câncer formado por células de verme




As células cancerígenas do parasita, mais conhecido como tênia, cresceram em seus órgãos e proliferaram-.

Um homem morreu com tumores formados por tecidos cancerígenos de um verme parasita que cresceu em seus órgãos, de acordo com médicos. Portador do vírus HIV, o paciente possuía o sistema imunológico fragilizado, o que permitiu que o câncer-parasita crescesse.
             Pequenos tecidos cancerígenos de vermes estavam crescendo no paciente

O raro caso foi diagnosticado por uma parceria entre os Centros de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos (CDC na sigla inglesa) e o Museu de História Natural do Reino Unido. Alguns médicos disseram que o caso, detalhado na publicação científica New England Journal of Medicine , era "maluco" e incomum.
Então, médicos colombianos tentaram diagnosticar o que afetava o homem de 41 anos, em 2013. Ele aparentava ter tumores normais, alguns com mais de 4 cm de comprimento, em seus pulmões, fígado e outros locais do corpo. Mas uma avaliação mais detalhada mostrou, claramente, que as células cancerígenas não eram humanas - elas tinham apenas um décimo do tamanho usual das células humanas.
"Não fazia sentido", disse Atis Muehlenbachs, que analisou o caso nos Centros de Controle nos EUA. Ele considerou diversas hipóteses, como a de que as células humanas cancerígenas terem encolhido ou que se tratava de uma infecção recém-descoberta.
Ao final, testes moleculares identificaram altos níveis de DNA de tênia nos tumores e a reação de Muehlenbachs foi de "descrença total". "Esse foi o caso mais incomum que já tive, me deixou acordado por várias noites. Era para ser uma decisão óbvia entre câncer ou uma infecção, mas não conseguir distinguir isso por meses foi muito incomum."
O estado do paciente já estava avançado demais quando os médicos identificaram a causa de seus tumores e ele morreu três dias após o DNA do parasita ser descoberto.
Verme único
O tecido em questão veio de uma espécie de verme, a Hymenolepis nana,também conhecido como tênia-anã - especialidade de Peter Olson, do Museu de História Natural. "Há algo muito especial nessa espécie, porque ela consegue cumprir todo seu ciclo de vida em apenas um hospedeiro e isso é completamente único", disse ele à BBC.




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